sábado, 26 de julho de 2008

SOU PROFESSOR

JONH W. SCHALATTER
Eu sou um professor. Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares. Os nomes daqueles que exercem minha profissão constituem uma galeria de fama da humanidade: Paulo Freire, Montessori, Emília Ferreiro, Moisés, Jesus.
Sou também nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e caráter serão lembrados para sempre nas realizações dos que educaram.
Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos e me quedei de cabeça baixa ante a sepulturas cavadas cedo demais para corpos jovens demais.
No decorrer de um dia, fui chamado de artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador; tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro; fui psicólogo, substituto de pai e mãe, político, e guardião da fé.
Apesar de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros,, na verdade, não tive nada a ensinar aos meus alunos porque o que de fato eles têm que aprender é quem eles são . E é preciso um mundo para ensinar a uma pessoa quem ela é.
Sou um paradoxo. Quanto mais escuto, mais alta se faz minha voz ouvir. Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem dos meus alunos, mais tenho para oferecer-lhes.
Riqueza material não faz parte dos meus objetivos, mas sou um caçador de tesouros, à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando descobrir seu potencial, às vezes enterrado sob o sentimento do fracasso.
Eu sou o mais afortunado dos trabalhadores. Um médico, uma vida ao mundo num momento mágico; a mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia como novas perguntas, melhores idéias e oportunidades. Um arquiteto, se construir sua obra com cuidado, sabe que ela durará séculos, um professor sabe que se construir com amor, sua obra com certeza durará para sempre.
Sou um guerreiro que luta contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância, a apatia. Mas tenho aliados como: a inteligência, o apoio dos pais, a criatividade, a fé, o amor e o riso.
Tenho um passado rico em recordações. Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar os dias com o futuro.
Sou professor... e agradeço a Deus por isso todos os dias.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

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MOSAICO - Arte Bizantina - 5ª Série/2007




ALEXANDRE, O GRANDE


Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou os seus três últimos desejos:

1 - Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2 - Que fossem espalhados pelo caminho, até seu túmulo, os tesouros conquistados(prata, ouro e pedras preciosas);

3 - Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um general admirado com estes desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.

Alexandre explicou:

1 - Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm o poder da cura perante a morte;

2 - Quero que o chão esteja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os meus bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.


quinta-feira, 24 de julho de 2008